Japão adiará programa de promoção de turismo devido ao aumento de casos de Covid

O governo buscou lançar o programa na primeira metade de julho, mas agora decidirá quando vai iniciá-lo baseado na situação do coronavírus

O governo japonês planeja adiar o início de um novo programa de promoção de turismo a nível nacional, visto que o coronavírus está se espalhando rapidamente no país mais uma vez, soube-se na terça-feira (12).

Inicialmente, o governo buscou lançar o programa na primeira metade deste mês, mas agora decidirá quando vai iniciá-lo baseado na situação do coronavírus.

Enquanto isso, o governo planeja estender o esquema de desconto para viagem dentro de um bloco regional até o fim de agosto. O esquema era para ser encerrado na quinta-feira (14).

O governo deve anunciar o adiamento do novo programa de promoção de turismo nacional e a extensão do esquema de desconto de viagem regional em breve.

Sob o esquema de desconto, o governo central fornece através de governos provinciais até ¥7 mil por pessoa por noite para cobrir custos de viagem.

Originalmente, o esquema cobria apenas viagem dentro de províncias, mas foi expandido para abranger jornadas dentro de cada um de seis blocos regionais em abril.
Fonte: Portal Mie com Nippon, Jiji

Hoje acaba a emergência em 6 províncias do Japão, mas governadores cobram ação do governo

Os governadores cobram a manutenção das medidas restritivas para conter o vírus

O estado de emergência termina neste domingo (28) em Osaka, Hyogo, Quioto, Aichi, Gifu e Fukuoka. Mas os governadores de 40 das 47 províncias do Japão realizaram uma reunião no sábado cobrando planos de vacinação do governo e pedindo à população para continuar cumprindo as medidas contra o coronavírus, publicou a NHK.

A reunião foi realizada pela Associação Nacional de Governadores, que exortou o governo do primeiro-ministro Yoshihide Suga a apresentar um plano abrangente de vacinação contra a Covid-19.

A entidade solicitou a definição de metas para a vacinação e o detalhamento de um sistema que está sendo criado para acompanhar as inoculações, segundo a Kyodo News.

No dia 17 deste mês um grupo de profissionais médicos começou a ser vacinado. As províncias pedem que o governo central cumpra seu plano o mais rápido possível, incluindo a divulgação de um cronograma de períodos em que as pessoas poderão ser vacinadas, e ainda arcando com os custos relacionados à campanha de inoculação.

O governador de Fukushima, Masao Uchibori, falou que o fornecimento de vacinas é um dos pontos a serem exigidos. “Queremos um plano de longo prazo em breve”, disse.

Mesmo com o fim previsto para este domingo (28) do estado de emergência em seis províncias, os governadores na reunião pediram que o governo continue aplicando medidas para conter as infecções.

Estas províncias pediram ao governo a suspensão do estado de emergência antes do vencimento, marcado para 7 de março. No entanto, ainda permanecem dentro deste recurso Tóquio, Chiba, Kanagawa e Saitama.

O governador Motohiro Ono, de Saitama, disse que houve uma desaceleração na queda de novos casos. Mas acrescentou que persiste a preocupação com a alta taxa de ocupação de leitos hospitalares e a disseminação de variantes do coronavírus.

Já o governador de Kanagawa, Yuji Kuroiwa, foi mais enfático em seu comentário: “Não estou otimista com a situação na área metropolitana de Tóquio. Enviarei um pedido para evitar o relaxamento.”

Na página da província de Kanagawa, Kuroiwa escreveu ainda o seguinte: “Se não continuarmos com as medidas básicas de prevenção de infecção, uma terceira declaração (de estado de emergência) seria inevitável.”

O governador Yoshinobu Nisaka, da província de Wakayama, alertou que se os governos locais dependerem apenas das pessoas que se comportam de maneira cautelosa e contida é certo que haverá outro aumento de casos.

Ao mesmo tempo, os governadores também pediram medidas para a manutenção do emprego, especialmente em setores fortemente atingidos pela pandemia, como restaurantes e o setor de turismo.

O Japão deve vacinar seus 36 milhões de residentes com 65 anos ou mais em abril, antes de expandir a implementação para o resto da população.
Fonte: Alternativa